domingo, 18 de julho de 2010

Tijolo por tijolo, o clássico se esvai lentamente.

O Clássico supera tudo. É a origem, é o tradicional. Não é contestado. Apenas admirado pelos que conseguem viver com seu simples mundinho. Quando eu era mais jovem, eu via tudo normal: crianças brincavam na rua e a música que tocava nas rádios era baseada em uma voz e um piano. Bons tempos eram aqueles em que eram produzidos objetos artísticos originais. Hoje tudo é cópia. Não há novidade. Queimemos a surrada teia de aranha do modernismo. O classicismo fora destruído.


Estamos extremamente predestinados a seguir ideias das outras pessoas. A magia da vida foi perdida. Devemos saber nos situar. Não podemos estar acima do bem e do mal ao mesmo tempo e caberá só a você ganhar ou perder a chance de se reinventar. Tijolo por tijolo. Mantenha seus pés no chão quando sua cabeça está nas nuvens (paramore). O que é uma coisa clássica para você? Para mim, clássico é tudo aquilo que não é mutável. Músicas clássicas por exemplo, não mudam. Ao despertar das doze badaladas, Cinderela mudou. Ela não é clássica. O Chapeleiro Maluco e o Gato Risonho sempre estão tomando chá. Não se espante quando vires o clássico chá das 6 pelo resto da sua vida, ele sempre estará lá a espera de um louco.

Bernardo meu neto, cuidado com o que fores fazer. A vida é guiada pelo moderno e cabe a você, meu jovem iniciante, transformar o velho em novo. Não siga as ideias das outras pessoas, seja original. Cochiche a campanha contra os fashionistas de ouvido em ouvido. Me diga um objeto que ainda sobreviva há três décadas? Há apenas um objeto que guarde a magia. Amor? Amor não. Livros. Eles permitem entrar em um mundo inteiramente seu, onde o silenciar te afoga, e o clássico, que é pertinente, fabrica o mais novo objeto original: o barulho. O grandioso motim das informações
 
 
Lucas Borba