sexta-feira, 3 de julho de 2009

O curioso caso da bicicleta azul

Estava eu, de cabelos castanho-escuros, altura e peso mediante e com a minha cara de sempre, aquela tipo que a vida não passa de uma página e que um dia vai ser virada ou rasgada, e que deveria antes de ser perdida ou tomada de ti, ser analisada, por poderia haver erros e erros não podem tolerados nas páginas da vida quando não são percebidos; andando de bicicleta azul que sempre estava atenta a passos distraídos que poderiam apareçer na sua frente e gritar, pareçe uma buzina às vezes, com seus adesivos APOIO GOVERNO LULA e USE MÁSCARAS ao lado, bem visíveis, com suas grandes antenas enroladas; quando então caí em um buraco que fora causado pelos ônibus de um governo desorganizado que percorre ruas inadequadas e então atropelo uma pessoa que estava saindo de uma casa; mas talvez se essa pessoa tivesse se lembrado de pegar o salgadinho do filho no supermercado e não tivesse voltado lá pra comprar com filas gigantescas, o cartão ter trancado, sua chave ter caído no chão quando abria o portão e seu filho estivesse em casa, ela não estaria saindo da sua casa para entregar o salgadinho do filho na escola e fosse atropelada. Talvez se a pessoa da sua frente na fila em que o cartão trancou não tivesse pego aquela bala sabor uva com morango que tanto queria, não teria ocasionado um acidente e eu ter caido em um buraco com minha bicicleta azul.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Passos Escuros

Olhe o dia. Como está lindo. Saia daqui. Não fique trancada entre essas quatro paredes lendo isso, quando não vale a pena. Tem olhos azuis cheios de asas esperando você. Olhe para cima. Aproveite o dia. Carpe diem quam minimum credula postero. Pare de ler isso. Não leia. Não leia. Não leia. Leu! Eu disse pra não ler! Saia dessa caixa e vá para o mundo. A escuridão de um canto cheio de lágrimas choradas sem saber seu motivo vai te deixar louca. Pule a janela! Mostre quem você é. Luz, não leia. Olhe o dia. Como está lindo. Saia daqui. Não fique trancada entre essas quatro paredes lendo isso, quando não vale a pena. Tem olhos azuis cheios de asas esperando você. Olhe para cima. Aproveite o dia. Carpe diem quam minimum credula postero. Pare de ler isso. Não leia. Não leia. Não leia. Leu! Eu disse pra não ler! Saia dessa caixa e vá para o mundo. A escuridão de um canto cheio de lágrimas choradas sem saber seu motivo vai te deixar louca. Pule a janela! Mostre quem você é. Pare de me cegar. Deixe-me ver o caminho certo a percorrer. Quando o relógio foi ajustado, você foi atrasada. Quando só me restou lágrimas e olhares, você se adiantou e causou a perda da minha voz que tanto chamava por ti.Vá e não volte. Estou contente. Estou feliz. Estou emocionado. Mas antes, saia da minha frente.

Texto = Lucas Borba