No cais de porto dos desesperados, a água bate nos navios e eles balançam. Essa é a lei. Uma coisa simples. Bate-volta. Um balanço suave. Por que não nos contentamos com o simples ? Porque não nos desafia. Precisamos mudar. Temos que mudar. Somos apenas a plateia olhando o magnífico espetáculo da mutação.
Ver o belo no simples é um desafio. A harmonia só é vista quando um ser humano de matéria mutável é capaz de ser desafiado por uma responsabilidade insaciável. Não há satisfação plena. As pessoas são tolas. Tudo que é mais fácil não quer dizer que é certo. Ignorar Sociologia por ser uma matéria relativamente fácil? Apenas os que se contentam com o simples a ignoram.
Para crescermos (não me refiro a profissão) é preciso sermos desafiados. Não devemos esperar que a harmonia celestial chegue a nós. Não vamos buscá-la de trator! Busque seu desejo mais nobre, a inspiração mais pobre, e envelheça. Não há idade para se reinventar. O desafio é lançado a você quando quer atravessar a rua. Tenha equilíbrio com suas atitudes.
Você não é o mesmo de dois anos atrás. O balanço vermelho naquela pracinha que você brincava, está sendo usado por uma criança agora. Você cresceu. Você muda. Você evolui.Certamente alguém já foi desafiar a gravidade e pulou quando foi sair do balanço e caiu. Não é uma coisa simples. A simplicidade apenas arruma as coisas de um jeito que as conserve e as esconda para que não nos encomodemos com ela.
A simplicidade não serve para nada. O desafio está lá nos chamando para duelar. Você é um peão do seu jogo de xadrez e as regras dizem que deve manter o equilíbrio. Você concorda ou discorda dessa afirmação: Somos capazes de nos satisfazer com o difícil, com o novo, com o que nos guia à harmonia. E o pacote disso tudo poderá nos levar ao sucesso pessoal. Então mude. Saia da pracinha e vá ao cais do porto dos desesperados. Lá, apenas o que incomoda é o desafio de ver você mesmo.
Lucas Borba.